quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O coveiro

O drama de levantar
faz que o coveiro
cante todos os dias
canções com um leve tom de
alegria.
                                   (Ah, como é
                                    lindo um enterro)
Todos os dias acontecem
pelo menos
cinco velórios que
poderiam mudam a vida
de qualquer um,
menos um coveiro.
                                   
(Ah, como é
                                    lindo um enterro)
Numa madrugada
sórdida ele decide
orar:
- Deus, faça chover
sangue. Deus, faça
chover sangue para
cada lagrima que deveria
ter derramado.
                                   (Ah, como é
                                    lindo um enterro)
Durante três dias
o céu fora o mais
lindo dos últimos
anos,
até que choveu. 
                                   (Ah, como é
                                    lindo um enterro)
Choveu enquanto o
coveiro enterrava
uma menina gravida
os soluços de vida
vinham junto dos
de morte.
                                   (Ah, como é
                                    lindo um enterro)
E assim o coveiro
Largou sua pá,
deixou o sangue contaminar
o Amazonas.
Inundar a cova.
Molhar seu
corpo, sapatos.
Ah, como é
lindo um enterro.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Lagrimas, gemidos, sorrisos

Havia na rua uma garotinha madura
na rua.
Havia um cachorrinho feliz com
sua dona.
Havia um homem feliz com seu filho
lutando com o câncer.

A garotinha tomou um gole.
O cachorrinho tomou água.
O homem provou a comida.

O homem vomitou sangue,
O cachorro cagou na calçada,
A garota derramou saliva em outras
bocas.

      (antes de dormir)

O cachorro curou o choro
de um mundo todo.
                                   (um coração)
O homem quebrou o seu nariz
e de seu filho.
                                   (um coração)

A garota se deitou no corpo
de outro...
Lagrimas
sorrisos
gemidos

Quando acordaram se tentaram
sorrir
mais um dia,
mais um ônibus
Mais um abanar de calda

Lagrimas
gemidos 
sorrisos

Havia na rua uma garotinha
madura
Havia um filhote feliz
Havia um senhor
sem motivos para viver
havia uma criança que gravida
de descordia recitava imaturidade.

domingo, 15 de novembro de 2015

Como o pedreiro Zé escreveu a Ode contra a burguesia antes de morrer


 O pedreiro Zé era um homem simples porém letrado, frequentara a escola até o segundo ano do ensino médio. Foi obrigado a siar quando sua mãe morreu de tuberculose, teve que sustentar a si e mais irmãos e foi assim que ele se tornou pedreiro.
Cinquenta e dois ano depois ele estava saindo de sua casa aonde vivia com a patroa e sua filha mais nova, Pâmela, que 
era sua xodó entre as outras duas e o rapaz mais velho.


 O pedreiro Zé trabalhava apenas em grandes obras, de grandes condomínios, obras destinadas a burguesia.
Zé estava em sua obra, tijolo por tijolo construía o quarto apartamento de uma senhora que odiava o Brasil, mas amava a maneira de ganhar dinheiro aqui, por isso vivia na frança mas todos os seus investimentos estavam na bolsa de São Paulo. o Mestre de Obras não perdoava, a obra estava atrasada mas a culpa não da peãozada, culpa era do tempo. O mestre de obras era um branquelo quer tinha matado uma mãe gravida que fumava pedra na 13 de março na época da faculdade, ele furava fila, vendeu o voto, estacionava em lugares indevidos e subornava, e para alguns, ele era um homem digno.
Enquanto almoçava, um grupo de 5 homens entrou no canteiro de obras, trés deles com duas bolsas cada. Um dos seguranças foi impedir e levou um tiro na testa, todos se assustaram, o refeitório aonde Zé estava ficava bem de frente ao local da morte do segurança e ao ver aquela cena a primeira coisa que ele fez foi correr para se esconder dentro da obra. Zé rezou enquanto ouvia barulho de tiros, o mestre de obras morreu, o dono da construtora que estava lá morreu também. nenhum pedreiro foi baleado. 
 O pedreiro Zé estava rezando para todos os santos, quase vendeu sua alma ao Diabo desde que ele o fizesse sobreviver a aquilo, a única coisa que se ouvia eram urros e som de latas de spray sendo usadas, zé não quis sair, estava amedrontado demais, pensava em sua querida filha e seu tosco sonhe de te uma sandália Melissa, em tua mulher, em tua vida inteira, que foi voltada a construir casas e apartamentos para a burguesia, mas viveu a vida inteira de aluguel. Enquanto ele chorava o silencio do nada se tornou absoluto, ate que começaram as explosões, os prédios foram explodidos com bombas caseiras e dinamites roubadas de minas de carvão, zé rapidamente se tocou que nada daquilo fez sentido na sua vida, o que fazia sentido foi ter feito tudo aquilo por alguém, e seu ultimo ato em vida foi escrever uma ode contra a burguesia que nunca foi lida. Foi escrita em sua mente, com sangue como tinta, com faíscas de concreto como papel.
 No outro dia anunciaram a morte de todos os membros de alto status da construtora e a de apenas um único pedreiro, junto com a prisão de cinco membros de uma divisão anarquista extremista. A morte de Zé foi um acidente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Alguma coisa

Quando você corria
não via outro motivo
alem de perseguir minha
felicidade, para tentar
ter a sua.
Não foi bom
Não,
nós fizemos o eterno durar menos
que um banho

Decidimos andar de mãos dadas

pois o frio que Deus nos deu
já não estava conforme o 
nosso cobertor, nosso frio
falso frio
quarenta graus de ilusão faz
mal a cabeça

Ai, você toma a aspirina
e vê que nada mudou
não se tem mais febre
nem resfriados
O cobertor ficou mais quente
e nada faz sentido
O que você
entendeu?


sábado, 24 de outubro de 2015

Coisas ruins acontecem a todos

Não grite, coisas ruins acontecem
para todos, acredite, o mal
pode vir a favor do
futuro bem.

Quando perdi meu primeiro 
emprego, lembro que não
foi fácil acertar as contas
não recebi nenhum centavo,
mas aprendi a verdade sobre os patrões
que o dinheiro vale mais do
que a amizade, sempre.
Quando se esta na pele do patrão.

Quando minha mulher me trocou
percebi que nada era eterno
e o amor é finito,
o amor próprio vale mais
ninguém é melhor do que nós
mesmos,
mas sem egoismo, por favor
se não massacrarão você.

Sempre vai haver alguém
triste com o amor
sempre vai haver alguém
triste com o trabalho,
família
filhos, nunca espere
bons conselhos vindos
de mim, sou um escritor e quando
der merda vou dizer frases de efeito.

Só toma  vergonha na cara
e um pouco de auto estima
pois tem coisas mas 
vem para o bem.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Medusa, aquela gostosa

Fui jogado em um ninho de serpentes
todas me morderam tão suavemente
eu comecei a morde-las suavemente,
foi truculento, nos beijamos.

Sim ficamos no mar, enquanto sou teu mistério
parece que me deram a chance
de te conhecer, o jogo virou.
Brincando com a minha idade, jogando búzios
virando um gato
virando pato, guerreiro.
Medusa.

Medusa me enforcou rápido e sem piedade
Ela poderia ter me petrificado com
teu olhar mas ela me tirou o ar
ela me sufocou e me mordeu,
foi truculento,
mas nós se beijamos.

domingo, 18 de outubro de 2015

Deus esta na chuva


 Bom, tenho que falar sobre ela, lembro-me tão pouco essa situação, lembro-me dos sentimentos.

Foi forte, naquela dia eu não andava raciocinando muito, apenas tocava Disorder na minha cabeça, batia forte na minha imaginação as coisas urbanas, “Quem sou eu na fila do pão?", pensei, conclui que ninguém, conclui que eu era tudo. Conclui que era filho do urbano.
 Eu tinha que olhar para duas realidades da minha cidade, o bairro, as favelas e malocas e o centro, seus condomínios e suítes, era uma honra ver o lado simples e ver o lado do simples Caos. Um trago ao meu trabalho capitalista. “Eu tenho o Amém do bar?”.

Amém.

 Lembro-me que esta mulher andava olhando vitrines demais, andava querendo demais e comprando demais.
Demais mesmo era tua silhueta, corpo magro malhado na academia e postado no Instagram (foram duzentas curtidas. DOZENTAS!!!). Enquanto ela olhava deslumbrada ela me seduzia, aquele dragão em tua pele morena me fazia suspirar, dava pra ver uma tatuagem que deveria subir de seus pés ate a bunda, maldita imaginação masculina e heterossexual, eu vou matar ela (se possível).
 Fazia tempo que não tirava sorte daquela maneira, ela quis um vestido, o vestido não tinha do tamanho dela, iria chega semana que vem e anotamos seu telefone para avisar-lhe quando chegasse, não ligamos, pois afinal o vestido não chegou. Mas ela veio à loja, “POOOOOOOOQUÊÊÊÊ MEU DEUS!”, berrei com meus olhos direcionados a ela, mais linda do quê antes, com outro vestido, um vestido verde, ela queria comprar um vermelho.
 Ela ficou frustrada, nem de longe ela sabia lidar com isso, disse palavrão para o gerente, menosprezou a pobre faxineira. Quando ela estava saindo ela eu a parei e disse:
 - Calma, outros vestidos virão, ou até mesmo o qual a senhorita deseja.
 - Por Deus, quando é que vou ter um vestido lindo como aquele, só quero tê-lo, seria pedir muita a Deus isso? – Ela respondeu gesticulando de maneira ridícula. Eu respondi:
 - Sim, pois deus esta na chuva...
Ela reclamou com o gerente e fui demitido.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Velma

Poderia beirar ao ridículo
acordar a base da marcha
imperial.
Darth Vaider <3
Salvar o mundo e
proteger os animais, veganismo,
mundo
esses desejos da juventude.

Correr não bastou, teve
que se segurar
novamente chegou dai 25.
Menstruação </3
Esse cabelo muito curto,
com óculos muito grandes

essa pouca idade, 15,
saudades dessa vida,
vida simples,
vida de viver.

Nunca alguém tinha lhe dito
que o que realmente sentia
ela se sentia ignorada,
mas não era insegura.
Achou que nunca teria um
namorado, não que ela 
ligasse
mas ela gostava de alguém
Kauã <3

Aquele mundinho de
imaginação
aonde ela salva o mundo dos bandidos
ela se amava tanto mesmo tendo
tão pouco pra se curtir,
nada era melhor do que si mesma
e seu gato
Velma <3

domingo, 27 de setembro de 2015

Voltando para resolver tudo o que esta mal resolvido

Talvez eu precise novamente
de um psicologo.
Não preciso de remédios
preciso voltar a falar
de coisas ruins.

Além de escravizar,
uma das mais fortes tendencias
do ser humano é
deixar as coisas
mal resolvidas,
humanos?

Deixem eles fazerem do jeito
mais fácil, mais rápido para
que um dia possam ver as coisas 
voltarem a ser mal resolvidas.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Eu não sou Rodolfo

 Meu nome não é Rodolfo, meu nome é Narciso, e tudo isso que para mim foi muito complicado, na verdade não passa de um ato infantil que tomou proporções maduras dentro de mim.
 Tudo começou no fim de julho, quando terminamos, os motivos não me pareciam muito verdadeiros mas entendi o lado dele. Focar no profissional e essas coisas que temos que fazer na vida. Ele nem me visitava mais, pelo Facebook as conversas ficaram cada vez mais resumidas, e o pouco que se falava se resumia em "Quando posso buscar minha caneca?" e "Essa caneca é minha, mas pode ficar pra você.", Simplesmente irritante.
 Lembro-me que eu tomei essa decisão baseada numa pergunta muito simples. Eu já tinha feito ela diversas vezes quando criança. Todos pelo menos uma vez a vida se perguntam. "Por que não sou ele? Por que não sou outra pessoa?" Fazia essa pergunta sempre que via alguma outra criança ganhar um brinquedo melhor, quando tinham mais atenção do que eu, ou fazia algo que me invejava por eu não conseguir. Quando eu era criança não me dava bem com nenhum esporte, mas eu adorava esportes, qualquer um chutava melhor do que eu, qualquer um corria mais rápido do que eu, qualquer um era mais forte do que eu.
 Tanto que tinha até vergonha de dizer a palavra forte, pois nunca tinha me sentido assim. Eu ficava triste ao matar insetos, isso me fazia sentir forte da maneira errada.
 Acho que Rodolfo surgiu por causa do tédio que eu sentia naquele momento, o nome Rodolfo surgiu por acaso, eu não gosto desse nome mas foi o primeiro que surgiu na minha cabeça, talvez pela repulsa, talvez por qualquer coisa. Deixei o nome como Rodolfo Vieira, pelo menso algo de mim nele, algo realmente real. Para a foto de perfil eu escolhi o auto retrato de Van Gogh e de capa um dadaísmo de Blirix e depois fui procurar com com quem conversar.
 No outro dia, já tinha adicionado Uns mexicanos de Guadalajara e algumas pessoas da minha cidade, incrível como as pessoas simplesmente aceitam as solicitações de amizade, parece que o mais importante é ter gente por perto, não importa quem seja, nem se existem. Em uma semana já tinha amigos que gostavam de mim, que conversavam comigo todos os dias, eu ficava fuçando as indiretas que meu ex mandava pra mim, ria de todas, e até mesmo quando eu parava de ler elas passavam na minha cabeça e eu ria mais e mais, cada vez mais bobo.
 Um certo dia me veio uma solicitação, eu aceitei, ela não disse nada mas me mando um evento chamado "Noite Falsa" que em sua descrição dizia:

 Olá, nós só queremos nos divertir,(você também quer) fingir que somos outras pessoas. Para entrar não precisa se identificar (pois sabemos que você não quer isso), leve uma bebida. Mas se não tiver como levar não tem problema, bebida nunca vai faltar.
Qualquer coisa, fiquemos bêbados com nossas realidades alternativas

Dia 1, as 23h no lugar avisarmos algumas horas antes.
Sra. Alvares Alguém.

Fiquei perplexo, realmente isso me surpreendeu. Uma festa com um monte de gente como eu. Mas isso para mim já parecia um pouco demais, isso já é fanatismo, é loucura. Eu só faço fazia isso para brincar um pouco, me distrair sorrir... Realmente aquilo não era muito legal.
 Eram 21h30 até que chegou a notificação dizendo qual era o local da tal Noite Falsa, parecia algo de cinema, uma portinha pequena no meio de dois prédios enormes, bati nela e quem abriu foi um cara barbudo, forte:
 - Como se chama?
 Ele perguntou, fiquei meio em duvida durante um segundo do que respondia, eu respondi:

 - Eu sou Rodolfo, muito prazer.- Eu disse, lhe esticando a mão.
 - Sou Marx12monxtros, muito prazer.
 Quase ri da cara dele, mas ai entendi que aquilo realmente era uma festa de fakes.
 Ele me convidou para subir e tomar um gole de algo, subimos e sinceramente nunca vou esquecer daquele lugar, tinha varias salas, um barzinho com qualquer tipo de bebida que imaginar, algumas com portas fechadas, outras nem portas tinham e cada sala tinha uma cor de parede diferente que combinava com a iluminação dos espaços, com sofás modernos e outros coloniais. Quem fosse o dono daquele lugar gastou uma boa nota para monta-lo.
 Peguei uma cerveja mesmo e me sentei ao lado do Marx12monxtros em um sofá e começamos a falar de coisas inexistentes, ele disse que já tinha derrubado um Camelo com um soco no Egito, eu disse que tinha ido a França e conhecido o Paul McCartney, e assim por diante. Até que chegou um cara que tem um nome que nunca na minha vida conseguiria pronunciar, ele me pediu licença e o acompanhou para o bar, então chegaram duas gêmeas morenas, lindas demais e cada uma elas sentou-se em um canto do sofá, e eu fiquei no meio, perguntei seus nomes, elas responderam.
 - Somos a Sra. Alvares Alguém.
 Fiquei mais uma vez surpreso, as duas começaram a falar no meu ouvido, uma de cada vez, de maneira quase que sincronizada e em timbres diferente "Por que você não existe?", "Por que você existe como outro alguém?", "Você não quer me possuir?", "Você já possui alguém?".
 E meu telefone tocou, não imaginei que isso ia acontecer agora, pedi licença, fui para dentro do banheiro, quando atendi o telefone era ele, Rafael, bêbado falando de maneira enrolada:
 - Ei, Narciso, é o Rafael. Desculpa sério, de verdade, quer namorar comigo de novo.
 Fiquei quieto por alguns segundos, respondi:
 - Não, obrigado pelo convite mas não me chamo Narciso, eu sou o Rodolfo.
 Desliguei o aparelho, voltei para as morenas.

sábado, 5 de setembro de 2015

Inseguro

Admito, sou
inseguro, mas 

apenas em determinadas
situações, frente
a algumas pessoas
frente de algumas
mulheres sim.
Sou inseguro.

Macacos brincam
na minha cabeça,
jiboias apertão
meu coração,
tenho mariposas no
estômago.

Minha insegurança
vem junto com meus

medos que de tão estúpidos
eu os deixa em um canto
ordinário e não os mecho,

até que eles saem.
Que medo?:
          O de ser indelicado.

Que medo?:
          O de te achar teus olhos
lindos demais
mesmo brisados.
Que medo?:
          O de esquecer de ver teus
defeitos,
Que realmente são
lindos.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Post pra merchan: Livro escrituras para os loucos


Olá pessoal, nunca falei de maneira pessoal aqui no blog, mas hoje tenho um bom motivo: O lançamento do meu primeiro livro, "Escrituras para os Loucos" na Amazon.
Ele vai estar gratuito durante o pré lançamento e vai contar uma historia de uma maneira que nunca foi vista, quem nem mesmo eu sei como a contei espero que gostem

Dia 25 de setembro: Escrituras Para os Loucos

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O maior medo do homem é o homem armado.

 A ordem era "não saia as depois das 20h. Se não vai levar bala.", desobedeci e ri da cara desse mundo. Click claque na imaginação das quebradas, e na minha coisas maiores.
  Escolas, bares, universidades fecharam as portas pois alguém disse, olhando no fundo dos olhos, pela tela de seus celulares.

                       EU VOU MATAR VOCÊ.

 Eram 22h30. resolvi sair para ver o que estava acontecendo, ninguém saia de casa, um silencio cabuloso. Literalmente, a favela virou de cabeça para baixo, tudo o que acontecesse aquela noite seria culpa do toque de recolher.
 Se uma mulher fosse assassinada pelo seu marido, esquartejada, jogada em um terreno baldio e um paranoico decidisse comer sua carne com o resto de feijão que ele achou no chão: TOQUE DE RECOLHER.
 Se um travesti morresse com pauladas e depois tive em seu corpo fizessem cicatrizes em forma de suásticas: TOQUE DE RECOLHER.

 Do outro lado da cidade tomava um vinho italiano, ele, o secretário de segurança. Ele recebeu uma ligação alarmante.
 - Secretario. Traficantes enviaram áudios pelas redes sociais dizendo que todo cidadão que estivesse na rua depois das 20H seria morto, inocente ou não. Todos os moradores das regiões ditas pelos elementos estão amedrontados, os jovens não tiveram aula, e os mais velhos não foram beber, acredite, não foram beber e os jovens não tiveram aula.
 Com metade do gole ainda na garganta o secretario respondeu:
 - Vou averiguar a situação. - encheu a taça, permaneceu calmo, continuou a beber, ligou para o responsável pelo distrito de policia da região, disse para ele tomar alguma atitude sobre isso imediatamente. Encheu a taça, permaneceu calmo, continuo a beber, pensou:

                            FODA-SE,
                        VOCÊS VÃO MORRER.
 
 O silencio realmente era estranho, cabuloso, imaginei que  na verdade eles fariam algo mais rentável, (explodir um banco, por exemplo) mas o que rolou: Nada. Absolutamente nada, ninguém sabe  quem criou aquele áudio. Dessa historia só me restou uma duvida.

POR QUÊ O POVO SE ESCONDE DOS QUE ROUBAM E MATAM COM ARMAS DA MESMA MANEIRA QUE SE ESCONDE DOS QUE SE ESCONDEM DE GRAVATA?

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Infeliz

 Acordou com ela na cabeça e com a luz da cozinha piscando, não aguentava mais problemas elétricos naquela casa minuscula, se arrumar, pisar em três livros, um Bukowski, Um Brecht e um Drummond. Também usa uma meia diferente em cada pé, corta o pão com a mesma faca que cortou o tomate, isso é viver sozinho, isso é viver.
 Qualquer tristeza por viver sozinho que ele sentia era pura  co incidência do destino, afinal, no mundo existe tanta gente infeliz e eles nem sabem disso. Pronto, hora do trabalho, parece o mesmo tédio de sempre,não que ele odeia sua profissão mas aquilo não é o que ele gosta de fazer, de vier, o que sonha?
 Apenas uma sala de aula.
 Quando ficou sabendo que ela iria pro exercito, teve a sensação que realmente, ninguém nesse mundo nasce um para o outro, todos estamos destinados a cair e levanta, subir e descer, brincar de iô-iô com a vida, isso é viver. Quando criança ele tinha uma formula infalível na hora de brincar com seus bonecos, ele inventava um herói, uma mocinha indefesa apaixonada pelo herói, o anti-herói (que ele chamava de guerreiro solitário), e o vilão.
 Funcionava assim, ele criava uma historia diferente a cada três dias, cada dia um capitulo, o objetivo era sempre o mesmo, salvar a mocinha, salvar o mundo. O pior é que mesmo que elas seguissem o mesmo modelo, eram até bem desenvolvidas para uma historia feita por uma criança, tanto que para ele não tinha tanta graça ficar brincando com as outras crianças e nem as outras crianças viam tanta graça brincar com ele. O enredo delas se baseava basicamente em "meu boneco bate no seu". Isso era profundamente entediante, ele apanhava muito por achar isso.
 Parou para comprar uma Ipa, um Hot-Dog alemão e batatas, era dia de feira culinária. Jazz, jazz fazia ele lembrar de sua mãe. A mulher era a maior fã de B.B. King que ele já conhecera na vida. Naquele momento mudar para cidade vizinha equivaleu a mudar de país, mundo... Ainda não conhecia muita gente naquela cidade, mas não era difícil conhecer todos, foi ao contrário o garotinho da cidade grande foi para o interior. A praça só tinha um chafariz numa ponta e na outra um coreto e vários bancos espalhados, aquela noite em especial tinha algumas mesas de ferro com toalhas de mesa brancas e uma outra feita de plástico transparente.
 Sua grande amiga era seu amor, que conhecia já fazia tempo e inclusive, foi ela que o fez mudar de cidade, se conheceram pela  ironia há um ano atras, quando o jovem rapaz fora deixado sozinho em um show de Reggae pela ficante bem no dia dos namorados. No show, ela estava sentada sozinha ele sentou do lado, do nada passou um cara muito bêbado andando sem rota definida:
 - O Ramon só pode ter dropado uns doces.
 - O nome dele é Ramon o nome dele?

 - Eu não sei.
 Riram disso a noite toda, e depois riram sobre varias coisas durante esse tempo juntos, choraram um pouco também.

 Ela foi para o exercito, pois era seu sonho, ia participar de uma missão no Haiti durante dois anos. Pela primeira vez o enredo mudou, a mocinha apaixonada virou o herói, o herói virou a mocinha, o guerreiro solitário é a mocinha, que antes era o herói, mas agora é apenas a mocinha apaixonada e indefesa.
 Isso é viver sozinho, isso é viver...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

As baratas do asfalto colocam o mundo abaixo

As ruas estavam vazias,
apenas sons de madeira
batendo e rolamentos
funcionando:
Ordens,
Esquerda! Direita!
Esquerda! Direita!
E por ai vai, sprays.

Quanto o patrimônio,
publico ou privado,
seu destino é incerto
ele esta em nossas mãos
sempre esteve, também estão
nas suas, sabia?

Nós que estamos indo defender nossos
direitos, deixe-nos passar,
estamos indo da pior maneira
possível, mas acho
que é a mais correta
no transito dos carrões a petróleo
quem se move com carrinhos com
os pés é rei, no fundo,
somos baratas
baratas do asfalto.

Em todos os lugares,
Enquanto nós deveríamos
temer eles,
eles temem á
nós.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Alienare!

Coloquem as mascaras
luvas, mande emails
busque empregos.
Crianças, mantenham-se nas
escolas, deixem que suguem
suas vontade de aprender
                        Alienare!

Quando batermos os pontos,
não haverá outro desejo
alem do desejo 
necessário para que tudo
seja feito.
Poema,
sua falta,
poema.
                        Alienare!

Quanto custa, quanto
eu quero, fotos
perfil
perfil
bestas de perfil?
Lindos no perfil?
Curtir os perfil?
                        Alienare! 

mídia,
Um ponto de interrogação
         ?
A falta de questionamentos
matou trinta e três
sem rins, seus restos
não valem nada,
seus restos serão 
se tornam
putrefatos
com o tempo,
mas aos
trinta e três um
cara morreu asfixiado
dizendo que isso não iria
acontecer.
                       Alienare!

Enquanto queimar
tabaco com nojo de
cannabis,
enquanto chutar
macumba,
enquanto os negros
tiverem pau grande,
enquanto acreditar nisso
marche e cante.Alienare! Alienare!

Se você visse meu sorriso

Se você visse meu sorriso,
O mesmo sorriso que estampo
Ao ver teu sorriso, veria que minha
Alma não é mais tão impura.

Se visse meu sorriso, terias
orgulho
De mim,
Teria seu enorme sorriso
Estampado, somando assim
Dois sorrisos.

Se visse meu sorriso,
Descobriria que todas
As coisas sobre
As maldades desse mundo
Que te obriguei a ouvir
Eram mentiras.

Meu sorriso
Apenas isso
Que dizem ser tão belo
Que tento esconder perto dos
Adultos.

Meu sorriso
É o mais belo sorriso
Que já vi
         (Depois do seu)

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ela quer mais que você se foda

Sim meu caro,
Acabou
Acabou a ilusão,
Acabou o carinho,
Acabou o sexo,
Acabou o amor.
Agora, jovem
Volte a ficar
Sozinho.

Volte ficar com
Qualquer coisa,
Volte a ficar
Com quem realmente
Não interessa.

Pegue seus trocados
Dê para uma puta.
Pinte os céus com a cor
Que nunca gostou.
Sua raiva, era ter imaginado
Que tudo seria eterno

Eterno.

Se esqueceu que um
Dia você
Vai morrer?

sábado, 1 de agosto de 2015

Mertiolate e bolacha com café

Tinha noção que não
seria

apenas um, 
traidores, não,
apenas alguns que se vão
mesmo com
promessas de mindinho.

Parece que quando a gente
cresce, tudo que se chama
de verdadeiro fica mau
configurado,
e quando morrermos, nossas
almas são engarrafadas
e nossos corpos embalados
como lanche do Burguer King.

Só não chore, confie nos
suicidas, eles 
sabem muito mais da vida
do que você.
Não pense que a vida
vai massacrar seus sonhos,
ela é tão bonita, é
a gente que sempre resolve
complicar o nosso viver.

Quando crescer
ninguém vai beijar seus 
machucados, Mertiolate
vai arder,
os monstros vão te chamar 
para sair.
Quando crescer
vai perceber
que os monstros de baixo da cama
também te dão bolacha
com café. 

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Tu que eu cuido, vós que me odeia

Calma. Os carros vão passar,
não
precisa ser abatido,
nem atropelado.

Calma. A responsa 
não é mais sua,
muito menos o peso
nas
costas.

Não é seu,
mas mantenha
os
olhos abertos,
pois ele
não é seu.

Lembre-se, os julgados por
crimes invulgareis
simplesmente irão
morrer.

Os justos,
os que amam, que não
tem rancor,
irão
morrer.

Mas os justos
e sem
rancor
vivem
em
paz. 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Conversa das meias palavras (para Mariane Garofolo)

Definido, o
amor,
Eros, Philia e Ágape.

uma conversa para bons 
intendedores, meia palavra
basta, meias palavras
nem mesmo nos entendem

Quando for um chá?
O chá não será o mesmo,
mas pode ser pinga, vodka
corote?
Minha senhora, fiz promessa
pro santo.

Ao mesmo tempo que não
entendia, uma conversa tão
bonita, vinda de uma garota
que só queria entender mais
sobre a vida,
nunca quis machucar

Sra. Garofolo,
quando que vai ser chá?
garanto que paro com o cigarro
quando voltarmos a termos
essas conversas repetidas e 
voltar escutar.
Baixo,
Doutor.

O samba dos desesperados

 Nove da manhã, ela ainda estava dormindo, ele ja havia feito cafe, lavado a louça, ela deitada e nua com pouca coisa do cobertor escondendo seu corpo, o sol batia em seus pés, era maravilhoso.
Já havia um tempo que estavam juntos, não tinha vergonha de mostrar seu corpo foi totalmente sem roupa, o beijou, disse bom dia, entrou no banheiro, ele se exitou rápido pois na importava quantas mulheres visse, ela era a mais gostosa.
 Aquele apartamento era frio, simples, porem trazia seu conforto, ele, novo na profissão, estava se dando bem com isso, nunca imaginará um dia chegar aonde tinha chegado, saíra do nada ao começo do estrelato. Ganhava dinheiro, sustentava filha, a mulher, tudo estava a caminho, tudo em seus devidos lugares

 A vida difícil tinha os unido, todos os dias essa cruz partia aos poucos de suas costas, a culpa não era de ninguém, só que suas imaturidades levavam eles acreditar o contrário, ai estava seu caos.
 Quando se perde muito, procura-se manter com esperança, se não tens nada, procura-se esperança. Viviam assim, Elisa e Raimundo, a professora e o boxeador, Elisa acabara de se formar, estava dando aulas para crianças na Escola Complementar, e o nosso pais, estava em uma década conturbada, porem muito positiva para qualquer atleta de nosso pais, era o ano de 1970, mais uma vez o pais tinha um bom desempenho no esporte, a previsão era que o caneco ia ser nosso! 
 Boxe e futebol eram coisas diferentes mas desde o titulo parecia que todos acreditavam melhor no nosso esporte, surgiu investimentos, atletas com salários melhores e um desses era Raimundo, mais conhecido como Raimundo Marreta, que tinha um uppercut único, que pra aguentar tinha que ser muito macho. Ninguém o segurava, um, dois, três, ai acabou... Não tinha para ninguém.
 21 de junho de 1970, chegou o dia da grande final, ninguém ousava andar nas ruas sem uma camisa da seleção, ninguém ousava pisar na rua para falar a verdade, no máximo iam para algum bar que tivesse televisão, e foi mágico, mais um titulo para o Brasil, foi festa para cá festa para lá, gente bêbada sorrindo e comemorando, sua esposa e filha tinham ido para casa da mãe para tentar fugir da bagunça, Elisa tinha comprado sapatos novos para Raimundo, sapatos marrons eram o qual ele mais gostava. Ele traíra a esposa.
 Afinal, quando bêbados perdemos a consciência, e aquilo lhe daria uma dor de cabeça enorme, ela era menor de idade, ela cobrou pouco,
não fazia diferença na hora.
 A porta abriu:

 - Oque é isso? 
 Pergunto a puta, mas continuou em cima de Raimundo. Raimundo a tirou de cima como se fosse um cobertor correu para a cozinha, Encontrou Elisa, ele ainda estava exitado e logo atrás vinha a garota, silencio... Olhares... Elisa saiu do apartamento, saiu correndo, e Raimundo vai atrás apenas de toalha, mas não teve conversa, não teve papo, Elisa sambou com sapatos de Raimundo nas mãos, Raimundo pagou a garota, ela se foi. Passou-se um dia, sem noticias nem da mãe nem da filha, mas logo veio a desgraça, por telefone chega a noticia, um acidente, o ônibus capotou, uma barra de ferro atravessou seu coração, e em Raimundo permaneceu a dúvida: Doeu mais ter o coração partido, ou empalado?

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Parece mais fácil nos filmes da TV

Corta! Foi se a primeira
cena.
Personagens preparados,
Educados, parecem inseguros

Nas telas de mocinho e bandido
Geralmente que é anti herói se
Torna protagonista lá,  mas na vida real
Não é possível
Nunca é bom pra mocinha nem
Pro bandido.

Corta! Essa cena será de sucesso
Erotismo não faz mal a
Ninguém, junto de zumbis e
Explosões, isso não faz mal a
Ninguém.
Corta! Estamos sentados
esperando o real
esperando que acabe rápido
esperando trocar de
cena.

Aquele beijo,
igual a
E o vento levou
Nunca mais aconteceu
nunca mais ele beijou
O filme acabou.
O vagabundo andou.
Eu entendi enquanto comia pipoca,
tudo parece mais fácil nos filmes da TV.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Anti heróis

Cúpulas que buscam
a solução dos problemas
guerras, os desabrigados.
Não chorem pelas armas,
quando vocês estiverem
segurando-as os sentimentos
não serão os mesmos

Quanto a escravidão,

Já vai tarde.
Quanto o racismo,
já vai tarde
Quanto a xenofobia,
já vai tarde.

As gargantas que foram cortadas.
A Guilhotina,
A injeção letal,
câmeras de gás,
Invenções?
O mal que elas nos trouxeram.
Quantas crianças islâmicas
foram estrupadas para crianças
cristãs começassem a ser
estupradas?

Nosso mundo,
repleto de nossos anti heróis,
McDonald's, Coca cola
ISIS, Nazistas...
Alguns com causas justas
outros nem tanto, e no meio da
guerras, dos dois lados
existe um soldado
lutando pelo amor.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Bicho do mato

Baseado no que sinto,
sinto lhe dizer
eu te
amo, não quero fugir
disso.
Não tenho formas de
explicar como, a
desgraça do filosofo
é o dom da explicação
e nesse eterna busca
pela explicação só sei dizer.
Eu te
amo.

Uma noite, um bicho do mato
me falou, "vá lá e faça,
nada vai mudar para você."
Eu fiz, e um bicho do mato virei,
tinha minhas teorias
todas as respostas estavam quebradas,
filósofos são quebra-cabeças
com peças iguais baseadas
no Eros, no Ágape e Philia,

são uma desgraça.

O bicho do mato encontrou o amor
de Cristo, cristo disse
"cala boca e para de chorar, sou
a força, não a salvação. Vá,
bicho do mato"

Não resta dizer,
eu te
amo, resta dizer
que toda dor valeu
a pena, lutei.
Eu sou seu bicho do mato
cheio de carrapatos,
"Amor,
eles vão embora?"
"Sim,
você precisa
esperar."

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A mãe que transava com seu filho ouvindo

Depois de anos sem ninguém
ela achou um namorado,
que satisfazia teu corpo,
preenchia seu coração,
que lhe dava alma,
pois aos trinta ja se viu solidão
demais para se apaixonar com
se é jovem.

Seu filho amava tanto
amava tantas,
amava tantos,
foi corrompido pela
solidão e ganhou medo
de amar alguém.

Quando a solidão corrompe
não espere que seja fácil
conviver som ela
ela nos cura das ilusões
e joga a realidade da mesma maneira
que Davi lançava pedras.

mesmo com frio,
preferia ficar tentando se
esquentar com seus braços frios e
mesmo em frente as obrigações
o frio de seus braços era seu conforto,
Nas outras paredes,
se espalhava o amor
os gritos e gemidos das declarações
mas o irônico

é que ninguem queria dormir.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Caulrofobia

Que coração preguiçoso.
Desistiu dos sonhos,
desistiu dos amores,
desistiu das danças,
nem quis se alto questionar,
nem quis pensar duas
vezes, simplesmente ela
largou tudo, não foi?

Que eu me lembre
tudo começou com os
filmes de New Orleans,
passou pelos teatros,
botequins, firulas,
um bordel.

Quando voltou nem se via bem
no espelho só via deboche
não prestou.
Desistiu dos sonhos,
desistiu dos amores,
desistiu das danças.
Quando vieram os primeiros netos,
ela não tinha boas historias,
não fazia boas tortas.
Sobrará apenas seu marido
com depressão, era
1929,
só se podia decidir se
você sorria para o palhaço
ou você chorava com
ele. 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Bruno Fernandes morreu

Avisem,
Bruno Fernandes
Morreu, avisa por
que não deu tempo
para passar nos
jornais.

Avisa pra tia
Talita que aqui
não tem mais
foca Bill,
avisa pro tio
Pablo que ninguém
mais vai torcer
para a ponte-preta,
a mãe já percebeu
o pai ficou na dele.

Ele morreu aos poucos
ele morreu pelos seus
           erros,
morreu pela impunidade
morreu pela sua
           imaturidade
depois voltou a beber.
Largou a coca, abraçou
a cocaína,
cheirou ate o cimento
dos prédios,
Andou fuçando nas lixeiras,
andou fuçando nas madrugadas
mesmo com medo de si e com
uma gravata no pescoço.

Ultimas noticias!
Seu corpo ainda anda por ai
se deteriorando como todo
ser humano
andando nas cidades
vivendo em cidades
esta caindo sem perceber
como os cidadãos de sua cidade.

sábado, 11 de julho de 2015

Saudades de ter um cachorrro

Eu tenho um gato
imaginário, ele se chama
Bentinho,
ele morreu.

Sai pra rua acompanhado
de um cachorro de rua basta um carinho
para que eles te acompanhem.
saudades dos meus cães
Pietra
Narizinho
Tapioca e aquele pinscher
chato que minha vó tinha
tinha jogado na parede, ah,
que saudade.

sempre acreditei que nossa inocência
morre junto com nosso primeiro cachorro
acho que também morre quando
aprendemos que somos aptos para
o mal.

Saudades de meus animais.
Pietra,
Narizinho,
Happy,
Brás cubas e agora se vai
Bentinho, que nunca existiu.

Saudade de vocês e obrigado
por terem me mostrado do jeito
mais belo e sincero que
o mundo é cruel e
nada é eterno.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Frio

Chá que não
esquenta,
cobertor que não
esquenta,
cigarrro que não
acaba.
Sua casa sem
conforto,
seu gato sem
miado,
sua vida com quem não
quer, sua vida longe
de quem
queremos.
Tem gente demais querendo
emprego, o pais esta em
crise,
tem gente mais querendo beber,
implantaram a
lei seca,
os animais querem
emprego, seus ternos não
há mais.
O autoamor não
esquenta, a febre
não,
jogo-me ao desespero,
desespero tem
medo de
mim.

Aonde você vai ficar,
Fernandes? 

terça-feira, 7 de julho de 2015

A comunidade dos Desesperados e sem Esperança

Parecia tipico pois diz o ditado que "com pobre só acontece desgraça", e foi oque aconteceu, quando ela acordou foi para o banheiro escovou os dentes e deitou de novo, tipico de uma adolescente de ferias, dormiu. Acordou, já era meio dia e não entendia bem oque aconteceu um olho a menos funcionando, ela realmente perdera toda sua visão periférica, era estranho, não tinha bem uma descrição (pois não fui eu que vivi, apenas observei) mas alguns dias depois se confirmou a desgraça, uma das córneas falhou de vez é agora, Gabrieli esta semi cega.
 Aposto que é difícil aturar esta dor, se sentia sozinha, não gostava de fumar, nem de beber, não tinha cigarro, não tinha vinho. de qualquer maneira a partir daquele momento sua vida não seria mais a mesma. Gabrieli estava desamparada e sem esperança.
Ela morava na maior favela da cidade, que chamava-se Comunidade dos Desamparados e sem Esperança, lá vivia gente assim, mas nem todos eram assim, tinha o Paulo que queria ser Medico, tinha o Henrique que queria ser traficante igual o pai. Ela tinha esperança, mas não tinha sonho nenhum, seu único sonho parecia ser se casar com alguem bonito e nada mais e durante as tais indagações filosóficas que fazemos durante a vida, a mais presente em sua vida sempre foi "oque é existir?", "eu existo?", nunca encontrou uma resposta e talvez nunca entrará pois afinal, há séculos tentamos e nunca conseguimos.
 Vivia com seu irmão, sua mão e sua meia duzia de namorados, ela se senti feliz a ver sua mãe buscando a felicidade, mas perder metade de sua visão mostrou que sua mãe andava na verdade meio triste, mais triste do que feliz pois os namorados de sua mãe eram todos homens da Comunidade dos Desamparados e sem Esperança, esses homens também não tinham esperança, e nunca foram amparados por alguém. Gabrieli se viu nesse mundo, mesmo com visão a menos, sem noção se existe ou não, se serve para existir, ela pensou em se matar mas preferiu se deitar e dormir. Gabrieli perdeu sua esperança.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pinga

Acordou do jeito que
devia,
o Alcorão trocado por
água benta
água benta é qualquer pinga.
Quem te deu vossos trocados?
Quem te deu vosso nome, Mendigo?

Isolado, com cama de papelão,
não larga seu Alcorão,
sem esperança,
querendo mais água benta
Cadê seu Allah?
Cadê seu deus?
Chora não, na selva de pedra
o ozônio proíbe os pecados,
o ozônio,
nosso pecado

Sai do esconderijo,
roube o empresario e
agora não chora
a policia tá vindo
ajoelha e pede perdão
chora mais, são as gotas de
agua benta escorrendo saindo dos seus olhos
Allah vai te ajudar, eu sei,
os bêbados o santo protege.

Cadê seu Allah?
Cadê seu deus?
Quem te deu vossos trocados?
Quem te deu vosso nome, Mendigo?
Quem te deu vosso título?
Santo.

domingo, 5 de julho de 2015

Soldado enferrujado

Me manda,
Me beija, me
Encontra assim do
Nada.
Toda moeda que presta
Tem dois lados e seu
Terceiro lado.

Mascarado e o
Qual aguenta os,
Fatos mais chatos sem
Nem mesmo perguntar
Os seus quadriláteros,
Mas não há nem com quem
Se casar, nem pra quem ser retumbante,
Pois no final nenhum guerreiro é
Galante.

sábado, 4 de julho de 2015

Me perdoe, grama

Parece que essa noite
Decidi ficar sozinho,
Não por não ter
Para onde ir
Menso com
Saudade
De
Ti.
Mesmo com dor
No coração,
Mesmo com fé,
Preferi me amargurar
Do que rezar.
O mesmo pensa
Toda a grama que arranco
Aos prantos.
O mesmo pensou o
Vento ao levar a grama
Para longe,
A beijar teu rosto
E quando eu,
Eu,
For beijar teu rosto,
Me prontifico em nunca ser
Teu guerreiro de armadura
Prateada
Nem seu rei,
Nem ninguem,
Quero só ser teu amor
Leve e cheio de defeitos.
Me perdoe, grama
O problema não era seu
Sou cheio dos problemas
E os resolvo geralmente na
Vodka e na esperança,
Sou cheio dos defeitos,
E quero que eles sejão
Lindos

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Partos sobre pedras

 Mais uma vez se levantou, pegou uma caneta e folha amassada e passou a escrever sobre uma tal antiga realidade que ao menos naquela época fazia sentido. Sua mulher levantou, disse que ele parecia mais um morcego do que gente. Ele respondeu, "baby, sou assim mesmo".
 Ela acabara de se formar em medicina, virou medica obstetra e ele ainda estava ali terminando seu segundo livro pois diziam que ele seria um grande pensador, enquanto um pensa em algo, e o outro pensa no outro algo, "vamos a igreja?" ela sempre dizia, "E eu tenho cara de padre?" ele respondia, da um sorriso mesmo enjoada da pergunta e pega seu chá, bebe o chá e depois solta o chá, diz que ama sua mulher, sua mulher disse que o ama e foi para seu trabalho.
Os dois juntos a nem um ano direito, realmente, um amava o outro ai eles precisavam rachar as contas então decidiram alugar um apartamento na Irmãs Serafina pequeno e precário, mas bonito ainda por sinal. A rotina dos escritores é solitárias, sempre estão sozinhos com papel amassado, ficam falando algumas coisas sobre a vida e as vezes algumas coisas sobre mundos que não existem então ele escreve um pouco e vai para as praças, vai pra Carlos gomes, vai pro Largo do Pará e vê tanta gente que ele se lembra que não gosta de gente, mas adora falar sobre elas.
 Uma, duas, três, algumas vidas em algumas horas, incrível. ela quando mais jovem imaginava que ser medico é mais ou menos como brincar de Deus, cuidar das vidas a qualquer custo, faze-las perder todas as suas enferrmidades, serem felizes e assim ela imaginava sua profissão, mas nem deus de verdade é tão legal assim, já eram 18h, seu ultimo parto até ela começar a fazer seus relatórios, ouve o primeiro parto de gêmeos de sua vida, uma cesariana, uma cesariana tenebrosa e rara.
 Gêmeos, sim, claro, estava no prontuario mas não disseram nada sobre eles serem siameses. Ela puxava ume saiu dois, para ela foi um susto fortíssimo que quase fez ela soltar os dois (ou um) sujeitinho(os), trouxeram a encubadora rápido ninguém incubadora rápido mas não deu tempo, já tinham morrido. A doutora pasma, cade o toque de Deus que ela imaginava que tinha, a mãe gritava de medo e o pai que também estava lá dentro, estavam pasmos.
 A doutora deixou aquela carcaça de merda com as enfermeiras e foi para o banheiro, pegou seu celular e ligou para seu amado aos prantos:
 - Amor, vem me buscar, o parto deu errado, (soluços) eram siameses e ninguém sabia, vem logo! - berrava ela.

 E respondeu:
 - Calma, beba agua e vá para fora e se lembre do que eu dizia, que nada nem ninguém é imortal, nem a dor nem o medo.Só lembra que precisamos sempre ter coragem, e que eu amo você...

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Blue monday

Foi no jornal que li,
uma decepção que mais deu decepção na minha vida
que é o fato que existem 20 pessoas do mundo
que podem comprar todas as outras.
Eu li isso, sentado no banco de uma praça
e a minha sorte foi que ao lado, um homem
tocava alaude.

É raro alguem tocar alaude, mas para mim
e o instrumento de mais belo som,
aquele que era um som, perdido ao meio dos carros,
naquele cotidiano agitado.
se eu me der bem nisso tudo, quero ter uma manha
assim e que toda manha eu possa sentar na praça e ver tudo que
é rápido, começar a passar devagar

As filas estontantes, as noivas sem buquê,
os skatistas cortando os carros e por isso
ninguém olha para o céu.
Eu acho que menos de noite, menos nos prostíbulos
nesses lugares que ninguém tem mais nada a perder.

E ao lembrar que se quiserem podem me vender,
eu serei barato, e acho que não vai ter troco.
Espero que o comprador me faça de capacho
estou precisando ser um pouco chicoteado,
mas que seja uma mulher para fazer isso, pois
ainda vai existir uma certa imaginação sado masoquista
a dizer que tudo aquilo não é tao ruim,
e a ganancia e a luxuria, nos faz
não querer ir pro céu.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

As coisas que apodrécem nos belos dias de verão.

Tão irônico quanto nossas
opiniões é o cheiro de algo morto,
perto do meu quintal nos belos dias
de verão.
São tão mal fedidas e asquerosas que 
seus vizinhos reclamam do cheiro
eles não entendem, nunca vão entender
que dentro daquele gás carbônico existe algo que 
se chama vida, a vida junto a cheiro de arroz podre.
Os ratos começam a rodear só pela noite 
pois pela semana os dias estão sendo lindos e ensolarados.
e muito, mas muito quentes, e 
de dia os vermes dançam e cantam.
pois teu alimento esta garantido
mas nos meros humanos nunca 
entenderemos aqueles seres, 
complexos e primitivos.
Vermes e ratos são a vida asquerosa que temos de exemplo
eles são radiantes e fortes pela sua tentativa de tentar sobreviver no mundo que os odeia.
Os mendigos e pobres são os seres de vida asquerosa que temos em nossa imaginação, eles são mais limpos e solidários
do que metade da humanidade.
Se usam drogas, eles sujam tanto seu corpo poia sua alma já se esvaiu para a iluminação.
Use um belo terno e vá varrer sua casa,
veja quanto você pagou para aquela que você maltrata e paga pouco aquela que parece ser apenas uma preta neguinha para você,
ela é a mais linda, que vi nos últimos dias de verão
verão e algo frio que nos torna chatos.
Gosto de arroz, de ratos e de você,
gosto do arroz dos ratos e de nimguem,
gosto de algo que já chupei.
Algo que não é alimento.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Merda yorumba

Joga na merda.
Joga na merda?
Ajá não faz metamorfoses.
Brinquedo pra açafrão, 
sua mãe pra sua cama,
em casa chata,
tomando chá na lata

Se ruaceiro no recanto,
mas de sábado é chão,
só pra dormir,
você gasta oito horas
sendo que pra ter sono você demora
doze.

Eu cruzaria um mar pra ver
tudo se tocar no que o intocável
não é feitos de cera, leve tal cera pra fortaleza
ele vai derreter na praia,
bota ele pra surfa
jaga merda, joga merda.
Um ser desse já não merece tanta paz,
um esprito comprado
em artigos de luxo é cachorro quente,
por que cachorro quente mata a fome
e nada é eterno,
nada é eterno.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pra Haiku

Sem imaginar duas vezes você se lembra
da sua imaginação crônica
que foi construída em seus traumas,
mas já passou da hora e então,
é melhor pensar duas vezes
pensar, no oque fazer,
passe uma tarde no CC
e troque de roupa.

pois ficou chato chorar e
estou farto de pisar nas cabeças, agora piso
no chão.
E essas foram as vezes que imaginei,
seu vestido esta sujo,
com o sangue de jesus,
é mais bacana ainda
assistir TV
mas que entretenimento!

Seu pai é vivo
ele não e do céu
você não sabe do que nos sabemos,
e foi assim,
que eu falei das coisas que queremos
cantar.

Mas a tarde o CC fecha e você não tem pra aonde ir
minha casa tem ratos, mas não tem comida
e assim pensei bem 
sobre nosso casamento,
esse seu vestido sujo
com o sangue de quem te matou
sua fé e idealismo 
agora se chama moralismo.
e aonde a gente chegou

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Nerdisse

Escolhi não fazer nada,
alem de ver e fazer,
entretenimento, games, animes
quadrinhos e seriados que 
no fundo, mesmo que com historias
para pessoas adultas
são tao bobas e possivelmente 
fúteis.

Até é discutível a logica da programação
C++ utilizada no processo,
mas o produto, já esta ficando caro
para oque é chamado de arte.
Esta tomando todo meu dia
custando minha comida, minha falta de amor
e minha família.

Elas trocam minhas roupas e acessórios,
me dão frases que poucos entendem
ou a vontade de falar muito.
Criar e destruir,
nesse mundo deus aqui sou eu!
Um mundo interno
pequeno, feito de bits
que já representa meus pensamentos,
meu desejo por sobreviver que
pode ser eternizado em um código numerado 
que nunca salvará o mundo,
que nunca vai me salvar
de abrir a janela,
e ver o sol a continuar
a nascer arredondado.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A raiva do ex-iludido

Ama quem quiser
mas não se ama quem queremos,
e por que sempre procuro as 
belas mulheres malditas?

Todas putas, todas gostosas,
inteligentes e amorosas, porem
nada disso é relevante
para eu,
o famoso escravo de boceta que
geralmente é o que mais
se ferra.

Aquela loira tem peitão,
mas a morena me beijou melhor
eu não sei deus, eu vou gritar!!!

De vocês duas, o melhor com certeza
é oque tem no coração e dentro da
roupa.
Pobre mortal que sou
não se toca que tudo isso não é 
eterno

Como sou faio, como sou preso a 
solidão
e na solidão só resta uma opção,
uma punheta.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Resenha maltratada sobre o amor

 Sabe, escrevo tal carta tentando resenhar sobre o amor, ele que já me trouxe coisas boas, mas acho que sou uma vitima da solida oque ele traz para nos, e a falta de alguem, nos faz sentir tanta falta de quem não devemos sentir. Não que eu não queria sentir sua falta mas vou falar para todos o sonho que queria dizer para apenas um.
 Era uma gigantesca nuvem, em fundo, o universo. algo inexplicável mas sabia que se eu caísse, não iria coltar e nunca mais pararia de cair, já não era a primeira vez que estive lá, já estive lá em um sonho muito longinquo do passado.Naquela nuvem tinha todos nossos amigos da escola, inha uma casa muito grande e antiga quase um casarão de um barão de cafe, em frene tinha um parquinho com gangorras e balanças e em frente u grande banheiro coletivo, mas aquela banheiro dava medo. e qualquer pessoa, mas la eu tomei banho, la via garotas e garotos nus, nenhum me exitava e ninguém me dava nojo, mas do lado de fora estava que mexia com meu coração, com cachos azuis e pequenos pneus na barriga, ela não era perfeita, ela era meu bichinho.
 naquela nevem não existia nenhum sinal de existência do tempo e nem do resto do universo apenas eu e aquela gente, e no quarto, só uma gente.Ela que me arrastara para lá, mas na vida real era eu que fazia isso, tiro sua blusa, me resta um pescoço para morder e seu sutiã para tirar, aqueles peitos enormes para segurar e foi louco pois parecia que apenas alguns minutos deveriam ser horas só de preliminares e no final, ela se deita, com seus peito acima do meu e tudo some por dois segundos, ate parecia que eu ia acordar mas na foi o que aconteceu só saímos do quarto e paramos em uma sala, que estava todos da escola assistir um desenho que não sei identificar mas ela fugiu do quarto eu fui atrás começo a correr por todo aquele pequeno universo.
 Descubro que tudo aquilo não era um casarão, mas um zoológico, pois tinha diversos animais presos em jaulas vivos, mas sem emitir sons todos e mais a frente uma outra casa que era pequena, construída com aquele padrão chines que vejo nos filmes e do nada, não vejo mais nada.
 E tal psicodemia que me faz pensar em todos os tipos de relatos sobre o amor que já ouvi, todas encarnadas e desejos, em simbulos e talvez encarnados em algo que não seja o amor, encarnado em coisas esquisitas e xulas, e sem final aparente essas historias continuam vivas e sem sentido, da mesma maneira que essa resenha não possui verossimilhança alguma.