quinta-feira, 10 de outubro de 2019

MANIFESTO DOS ESCOMBROS


Aqui venho dizer que precisamos urgente de um grito pela nova arte de contracultura em nosso pais e o underground esta a cada dia mais nichado e isso vai nos matar sufocados dentro de bolha de sabão, e já matou muitos. Haverá os que saíram e ficaram vivos e feridos devido a falta de oxigénio e aqui eu chamo todos que estão vivos, entre os mortos e feridos...
Se estas vivo, quero que nesse momento pense em cada projeto em sua gaveta, em cada ideia idiota suprimida, cada chacota, cada erro em seu processo de criação e cada obra desvalorizada e coloque em sua mesa, física ou mental, e olhe pra elas. O que temos ai? Temos nossa maior arma, nossa vida, nosso frenesi divino diabólico, aposto que você artista, hoje se sente encurralado de alguma forma, dor nos permeia, a demonização nos permeia e aqui nos nesse beco sem saída se encontramos, frente a um fascista no poder e o povo cada vez mais controlado. A gente da arte somos quem faz o pão do povo, a calma, o esquecimento do sofrimento e a cada dia para cada proletário, nós proletários devemos mais que por dever dar alegria para o proletariado.
Nós que estamos vivos, devemos colocar nosso pau, cu, buceta e teta no mundo, isso pode ser arte também, nossa liberdade é arte, liberdade pra dar e comer quem quiser e quantas vezes quiser quantas pessoas quiser e nossa arte quando for devoradora que seja assim, este manifesto é um grito de liberdade para a arte fazer o que quiser conosco e nós fazermos o quiser com ela, do dia em diante que leres este texto, espero que os dias que cortaram sua cabeça você corte cabeças em dobro, num ato de assassinato contra os valores hipócritas sociais, o primeiro que eu matarei nesse processo será o conservadorismo e a hipocrisia, quem você quer matar?
O underground é rap, é funk, é Trap, é punk, é toda forma de arte marginal, é toda forma de arte regional, é o carimbo, a aparelhagem é o cavalo-marinho, é o boi tatá e o saci, caipora mula sem cabeça, é o metal satânico e o é o batuque do terreiro, entre os escombros ninguém deve ser desmerecido por sua crença, mas não venha me dizer que Jesus era branco. Entre escombros todos tem o direito de serem louvados, mas nenhum racista, misógino ou xenofóbico estará entre nós, eu quero os mlk chave rico, os mosh estralando, os artistas da favela expostos e a revolução começando por lá, a arte tem que ser feita nas favelas, a politica será feita das favelas por que a arte é naturalmente politica, fazer arte é um ato politico.
Eu lhe convido para esse momento, tudo esta caindo, nada é solido, menos nossas mãos e nosso desejo dos pensamentos serem sólidos. Vamos misturar as coisas, levar o pixo pro museu, Ska com forró, Grindcore com Trap, baião com metal. É um momento que o mundo esta se renovando e dando passos para se voltar para o passado, não deixemos que isso aconteça. Nós somos os vivos, entre mortos e feridos, você é?

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

“Coleira” da Kill Baidek nos dá um deleite do que o povo do rock gosta e sente (NANDO MOURA VAI TOMA NO CU!)

Babe, as guitarras divertidas, fortes e distorcidas da banda Kill Baidek mais uma vez me prenderam pelo pescoço com seu novo single chamado “Coleira”.
Durante toda faixa você sente a pegada NOISE das guitarras e o ritmo que abraça com gosto o surf rock e soft punk.  São dois minutos e cinquenta e oito segundos que podem mudar seu fim de semana, te tirar do desanimo e chamar aquela pessoa linda pra da um cheiro no cangote, para dançar um pouco, para dar um cheiro no cangote.
O som será lançado neste fim de semana nada mais e nada menos no festival Autorock que vai acontecer entre o dia 17 ao dia 25 de agosto em diversos bares e na estação cultura em campinas e o show deles acontece lá no dia 24 (sábado), e no mesmo dia tocam bancas como Garotos podres, Surra, Kamala e muito mais.
O single será disponibilizado no canal da Kill Baidek no YouTube e a arte que acompanha  a musica foi produzido pela artista plástica Sorina Malack, que já tem uma vasta experiência na produção de cartazes e capas de discos e singles para bandas da cena independente da região, fazendo capaz de discos de bandas como a TOSCA e eventos como Dream Day Chaos, evento qual ela já trabalhou organizando,.
Nessa arte Sorina sintetiza boa parte do que mais estamos sentindo atualmente, tesão e raiva da politica, e sintetiza tudo o que o rock representa, tesão e raiva da politica. Na imagem temos dois personagens, um com trajes fetichistas ao alto na parte colorida, sendo a onde a coleira de um palhaço e na parte monocromática temos a bandeira da nação tabajara pátria desamada e desmatada Brasil. A gente feito de palhaço, a libido em alta, tesão por pra fazer um monte de coisa que a gente ama, tesão por quem agente ama. O bagulho é louco, o rock ta vivo, a gente ta vivo, VAMO TRANSA, VAMO ZOAR, VAMO CURTIR. “Coleira”, da banda Kill Baidek mostra que o rock ta firme, ta forte, precisa gritar e fazer o povo dança e esta fazendo, o som deles melhorou meu fim de semana mas a mina que quero cheirar o cangote só verei semana que vem...

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Ferro e Fogo

A gente não vai junto a lugar nenhum,
você nem me usar mais quer.
Talvez seja por que eu te devo frutas,

Talvez seja por raiva
ou medo.

Eu, meu amor. Quero ter filhos.
Maldita seja a mulher que me disse
"Bruno, imagina uma coisa pequeninha
correndo pela casa, Bochechudinha
correndo pela casa com o cabelo
enroladinho igual teu, te chamando
de pai..."

E a gente não vai junto a lugar nenhum
por que eu amei de mais.

e cobro o mundo a ferro e fogo.
meu pé chuta mais portas do que pisa no
chão e meu amor, eu to aqui.
Desculpa por estar aqui...

Na porta do cinema não vejo 

nada além de sonhos e nem mesmo
os mínimos mil copos de refrigerante que
roubei do Burguer King fariam diferença.
Não me dão alegria
não morrem comigo.
Não forja e não esquenta.


Mon Amourr, tempos melhores virão.
tempos de ferro e fogo são todos
os dias, ferro
e fogo
queimaram você até nos melhores dias.

domingo, 19 de maio de 2019

castelo cinza

Castelo cinza,
Olha aqui,
três escudeiros na porta lhe recebem
e de mãos dadas eu lhe deitava
te empurrando a gente
caia, com sono eu me
Deitava cedo
A cama era pequena,
a rainha fofinha e peluda se deitava e se
levantava a princesa com nariz de porquinho.

ela com um mar de proposito,
não se achou
Eu tirei todas as câmeras do caminho
Eu tiraria todos
os meus sonhos
para que nossos sonhos fossem um

E de mãos vazias ela entra no castelo cinza
e seus fieis escudeiros lhge esperam
As luzes da rua nãio mudram,
a mesma cama esta maior
Alguns caminhos estão traçados tortos

E no escuro eu faço as juras de
amor que ela tem medo de ouvir
e de todos os lados que me viro durmo
desconfortável.

No caminho da maldade que todos andaram, espero
que ate o castelo cinza
apenas veja amor.
Me chame de o pior arqueiros de todos os tempos
eu lhe respondo que sou a vitima do cupido,
um plebeu.
Eu amo uma princesa.

sexta-feira, 29 de março de 2019

a casa quente que eu não tenho


A quente que eu não tenho
é a onde minha mãe
e família hoje estão dormindo.
e a onde vou me deitar hoje
e amanhã também.
Mas em breve não me deitarei mais.
A casa grande que eu não tenho
e a casa grande que eu nunca tive
eu estou no quarto do lado do banheiro
eu estou na sala do lado da cozinha
estou com saudade do meu gato
que morreu, estou
do lado de algum lugar que não existe

A casa que eu não tenho
tem cozinha pequena
tem armário embutido
tem lojas de bebidas na esquina
tem o a or de alguém em algum
canto

tem a saudade que me esvazia
tem o barulho das teclas
tem casa vazia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Ela, a mãe.

Ela, a mãe que fumava cigarros
escondida da família
me perguntou o que devia
fazer sobre sua família. 
e morto, hoje eu estou.
Na vida de
sua filha.

Logo então, eu morto
não falo e nem como
não como
não vivo

e por pouco não estou falido
mas ainda ando muito perto
de muita gente
ainda estou do seu lado
mas talvez você não perceba.

Ela, uma outra mãe foi 
a pessoa que mais assisti tentar
ser feliz, a ponto de enganar, 
mentir e manipular nessa vida.

Ela esteve em muitos lugares
e pelo amor que sente, queria a
filha longe de mim.

hoje, a filha, agradeço por 
estar longe de mim.

avenida por avenida vamos todos 
cirandar.
por causa de amor 
passamos o pano pra muita gente
a gene não muda nada.

a gente é a matriarca de nossa porra
toda e ainda sim fumamos escondidos.
ainda protegemos quem amamos 
ou
estamos escondidos.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

E deste lugar não levarei mais nada

Na noite que mais desejei espancar aquele idiota, lembrei que ele é o menos culpado de tudo e eu acordei desmontado, igual a como todos acordam, e igual a todos, eu me remontei mas sempre me falta uma peça, igual fata sempre a todos.
Talvez você tenha a sorte de acordar na sua cama, aquela que sempre foi sua, na casa de seus pais. Você ama seus pais e esta acostumado com a casa deles. Lá é o recinto a onde você é amado pra sempre, sua casa e não uma morada e talvez você tenha sorte de acordar no sofá da sua mãe todo dia pelo menos ás seis da manhã por que já esta sendo desconformidade ficar deitado, crianças gritando por todo lado, alto e forte, elas são mais determinadas a conseguirem o que querem do que muitos, não é atoa que perderemos a previdência e nossas aposentadorias. 
Talvez você tenha a honra do emprego que deseja, ou na faculdade que quer, ou pelo menos seu salario estar garantido, talvez tenha sorte de comer cu de curioso a 50 reais (e o cu de quem escreveu isso de graça), tenha sorte de sua aparência não valer dinheiro, músculos e barba vão te dar cem pilas a mais de cachê,  mas isso não é você. Tenha a sorte de ser quem você é em todos os momentos.
E nessa terra tudo tudo dorme poucos não dormem depois da meia noite. talvez você tenha a sorte de ser um desses, que ouve discos e come comida estranha com o pedaço que lhe falta, depois demonstrar tudo que sente com um boquete ou tapas na bunda e no outro dia acordar brigando por causa da ração dos gatos ou coisa pior, ou coisa melhor. Tanto faz.
Talvez você tenha a sorte da tragedia, a sorte de um pedaço teu for embora e benção de jogar o pedaço do pedaço no lixo. ninguém é pedaço de ninguém e eu espero que ela ala acredite nisso. Eu vou pras festas, ela eu bebo, vou pro trabalho, e lá ganho pouco, eu vou dormir, eu durmo pouco. 

Eu vou embora, e mesmo que o pedaço que me falta estejas aqui.
E desta terra não levarei mais nada.