quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Alguma coisa

Quando você corria
não via outro motivo
alem de perseguir minha
felicidade, para tentar
ter a sua.
Não foi bom
Não,
nós fizemos o eterno durar menos
que um banho

Decidimos andar de mãos dadas

pois o frio que Deus nos deu
já não estava conforme o 
nosso cobertor, nosso frio
falso frio
quarenta graus de ilusão faz
mal a cabeça

Ai, você toma a aspirina
e vê que nada mudou
não se tem mais febre
nem resfriados
O cobertor ficou mais quente
e nada faz sentido
O que você
entendeu?


sábado, 24 de outubro de 2015

Coisas ruins acontecem a todos

Não grite, coisas ruins acontecem
para todos, acredite, o mal
pode vir a favor do
futuro bem.

Quando perdi meu primeiro 
emprego, lembro que não
foi fácil acertar as contas
não recebi nenhum centavo,
mas aprendi a verdade sobre os patrões
que o dinheiro vale mais do
que a amizade, sempre.
Quando se esta na pele do patrão.

Quando minha mulher me trocou
percebi que nada era eterno
e o amor é finito,
o amor próprio vale mais
ninguém é melhor do que nós
mesmos,
mas sem egoismo, por favor
se não massacrarão você.

Sempre vai haver alguém
triste com o amor
sempre vai haver alguém
triste com o trabalho,
família
filhos, nunca espere
bons conselhos vindos
de mim, sou um escritor e quando
der merda vou dizer frases de efeito.

Só toma  vergonha na cara
e um pouco de auto estima
pois tem coisas mas 
vem para o bem.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Medusa, aquela gostosa

Fui jogado em um ninho de serpentes
todas me morderam tão suavemente
eu comecei a morde-las suavemente,
foi truculento, nos beijamos.

Sim ficamos no mar, enquanto sou teu mistério
parece que me deram a chance
de te conhecer, o jogo virou.
Brincando com a minha idade, jogando búzios
virando um gato
virando pato, guerreiro.
Medusa.

Medusa me enforcou rápido e sem piedade
Ela poderia ter me petrificado com
teu olhar mas ela me tirou o ar
ela me sufocou e me mordeu,
foi truculento,
mas nós se beijamos.

domingo, 18 de outubro de 2015

Deus esta na chuva


 Bom, tenho que falar sobre ela, lembro-me tão pouco essa situação, lembro-me dos sentimentos.

Foi forte, naquela dia eu não andava raciocinando muito, apenas tocava Disorder na minha cabeça, batia forte na minha imaginação as coisas urbanas, “Quem sou eu na fila do pão?", pensei, conclui que ninguém, conclui que eu era tudo. Conclui que era filho do urbano.
 Eu tinha que olhar para duas realidades da minha cidade, o bairro, as favelas e malocas e o centro, seus condomínios e suítes, era uma honra ver o lado simples e ver o lado do simples Caos. Um trago ao meu trabalho capitalista. “Eu tenho o Amém do bar?”.

Amém.

 Lembro-me que esta mulher andava olhando vitrines demais, andava querendo demais e comprando demais.
Demais mesmo era tua silhueta, corpo magro malhado na academia e postado no Instagram (foram duzentas curtidas. DOZENTAS!!!). Enquanto ela olhava deslumbrada ela me seduzia, aquele dragão em tua pele morena me fazia suspirar, dava pra ver uma tatuagem que deveria subir de seus pés ate a bunda, maldita imaginação masculina e heterossexual, eu vou matar ela (se possível).
 Fazia tempo que não tirava sorte daquela maneira, ela quis um vestido, o vestido não tinha do tamanho dela, iria chega semana que vem e anotamos seu telefone para avisar-lhe quando chegasse, não ligamos, pois afinal o vestido não chegou. Mas ela veio à loja, “POOOOOOOOQUÊÊÊÊ MEU DEUS!”, berrei com meus olhos direcionados a ela, mais linda do quê antes, com outro vestido, um vestido verde, ela queria comprar um vermelho.
 Ela ficou frustrada, nem de longe ela sabia lidar com isso, disse palavrão para o gerente, menosprezou a pobre faxineira. Quando ela estava saindo ela eu a parei e disse:
 - Calma, outros vestidos virão, ou até mesmo o qual a senhorita deseja.
 - Por Deus, quando é que vou ter um vestido lindo como aquele, só quero tê-lo, seria pedir muita a Deus isso? – Ela respondeu gesticulando de maneira ridícula. Eu respondi:
 - Sim, pois deus esta na chuva...
Ela reclamou com o gerente e fui demitido.