domingo, 15 de novembro de 2015

Como o pedreiro Zé escreveu a Ode contra a burguesia antes de morrer


 O pedreiro Zé era um homem simples porém letrado, frequentara a escola até o segundo ano do ensino médio. Foi obrigado a siar quando sua mãe morreu de tuberculose, teve que sustentar a si e mais irmãos e foi assim que ele se tornou pedreiro.
Cinquenta e dois ano depois ele estava saindo de sua casa aonde vivia com a patroa e sua filha mais nova, Pâmela, que 
era sua xodó entre as outras duas e o rapaz mais velho.


 O pedreiro Zé trabalhava apenas em grandes obras, de grandes condomínios, obras destinadas a burguesia.
Zé estava em sua obra, tijolo por tijolo construía o quarto apartamento de uma senhora que odiava o Brasil, mas amava a maneira de ganhar dinheiro aqui, por isso vivia na frança mas todos os seus investimentos estavam na bolsa de São Paulo. o Mestre de Obras não perdoava, a obra estava atrasada mas a culpa não da peãozada, culpa era do tempo. O mestre de obras era um branquelo quer tinha matado uma mãe gravida que fumava pedra na 13 de março na época da faculdade, ele furava fila, vendeu o voto, estacionava em lugares indevidos e subornava, e para alguns, ele era um homem digno.
Enquanto almoçava, um grupo de 5 homens entrou no canteiro de obras, trés deles com duas bolsas cada. Um dos seguranças foi impedir e levou um tiro na testa, todos se assustaram, o refeitório aonde Zé estava ficava bem de frente ao local da morte do segurança e ao ver aquela cena a primeira coisa que ele fez foi correr para se esconder dentro da obra. Zé rezou enquanto ouvia barulho de tiros, o mestre de obras morreu, o dono da construtora que estava lá morreu também. nenhum pedreiro foi baleado. 
 O pedreiro Zé estava rezando para todos os santos, quase vendeu sua alma ao Diabo desde que ele o fizesse sobreviver a aquilo, a única coisa que se ouvia eram urros e som de latas de spray sendo usadas, zé não quis sair, estava amedrontado demais, pensava em sua querida filha e seu tosco sonhe de te uma sandália Melissa, em tua mulher, em tua vida inteira, que foi voltada a construir casas e apartamentos para a burguesia, mas viveu a vida inteira de aluguel. Enquanto ele chorava o silencio do nada se tornou absoluto, ate que começaram as explosões, os prédios foram explodidos com bombas caseiras e dinamites roubadas de minas de carvão, zé rapidamente se tocou que nada daquilo fez sentido na sua vida, o que fazia sentido foi ter feito tudo aquilo por alguém, e seu ultimo ato em vida foi escrever uma ode contra a burguesia que nunca foi lida. Foi escrita em sua mente, com sangue como tinta, com faíscas de concreto como papel.
 No outro dia anunciaram a morte de todos os membros de alto status da construtora e a de apenas um único pedreiro, junto com a prisão de cinco membros de uma divisão anarquista extremista. A morte de Zé foi um acidente.

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